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domingo, 24 de fevereiro de 2008

Assassinatos de babalorixás, IURD e articulação nacional de terreiros

Em resposta a postagem anterior

Não sei se vocês têm acompanhado, mas recentemente o jornal O Globo divulgou algumas matérias acusando a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) de estar intimidando jornalistas (se alguém não leu é só clicar nas imagens).

Segundo as reportagens, a IURD estaria movendo ação judicial em diversos estados contra jornalistas e jornais que veicularam matérias ofendendo os fiéis. Pois bem. O que isso tem a ver com o assassinato do babalorixá em Pernambuco?


Recentemente escrevi uma matéria, que saiu online e no jornal Expresso, um dos jornais da INFOGLOBO, voltado para as camadas populares, denunciando a discriminação religiosa que há no Brasil, sobretudo contra praticantes de religiões de matriz africana. (clique aqui para ler a matéria na íntegra)

Não é só em Pernambuco, mas também aqui no Rio de Janeiro é grande a discriminação e temos também muitos casos de babalorixás assassinados. São inúmeros os relatos de pessoas que foram humilhadas por serem do candomblé.

Na matéria eu cito a ação que o advogado, Luiz Fernando, moveu contra um pastor evangélico por ter usado palavras discriminatórias contra entidades do candomblé. As mesmas foram reproduzidas em diversos jornais.

Minhas perguntas são: se estão sendo ofendidos, porque os terreiros, a exemplo da IURD, não se unem para mover ações em diversos estados, primeiro pedindo apuração desses assassinatos e segundo para realmente punir, como manda a lei, quem tem essas atitudes discriminatórias?

Porque não pensar em ações de conscientização e esclarecimento, a nível nacional, em escolas e na mídia sobre as religiões de matriz africana?

Abraços reflexivos nesse frio domingo...

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