Desde o final de agosto o jornal “O Globo” tem veiculado uma série de reportagens sobre o cotidiano dos moradores de favelas do Rio de Janeiro, que além de praticamente abandonados pelo Estado, estão sujeitos à ação de traficantes, maus policiais e milicianos.
Com o nome de “Os brasileiros que ainda vivem na ditadura” as reportagens fazem um paralelo entre a situação desses moradores e a tortura sofrida por pessoas que se opuseram ao regime ditatorial brasileiro. Para falar sobre a temática, realizamos uma entrevista com o professor do IUPERJ (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro) e do IFCS/UFRJ, Luiz Antonio Machado da Silva.
Violências urbanas, o mito do estado de guerra, facções criminosas e, porque não esperança que aja um avanço democrático foram alguns do temas tratados. Para o sociólogo, os efeitos da série sobre o processo político pode ter duas vertentes: tanto podem reafirmar o mito do estado de guerra, como podem chamar atenção para violência sofrida pelos moradores.
“Lembrar a ditadura, da forma como as matérias o fizeram, tem ambigüidades, pois, de um lado, isso pode ratificar a idéia de “guerra” ao tráfico como forma de acabar com a “ditadura” que ele impõe; mas, de outro, como elas também falam da violência policial, sob este aspecto podem implicar um alerta contra a violência generalizada que sofrem os moradores de favela. Além disso, acho positivo que sejam postas em pé de igualdade a violência policial e a violência criminal, como me parece que foi o espírito geral das reportagens”.
Confira a entrevista na íntegra que escrevi (Fabiana Oliveira) para o site www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br. O link é http://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/materia-008.htm.
Com o nome de “Os brasileiros que ainda vivem na ditadura” as reportagens fazem um paralelo entre a situação desses moradores e a tortura sofrida por pessoas que se opuseram ao regime ditatorial brasileiro. Para falar sobre a temática, realizamos uma entrevista com o professor do IUPERJ (Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro) e do IFCS/UFRJ, Luiz Antonio Machado da Silva.
Violências urbanas, o mito do estado de guerra, facções criminosas e, porque não esperança que aja um avanço democrático foram alguns do temas tratados. Para o sociólogo, os efeitos da série sobre o processo político pode ter duas vertentes: tanto podem reafirmar o mito do estado de guerra, como podem chamar atenção para violência sofrida pelos moradores.
“Lembrar a ditadura, da forma como as matérias o fizeram, tem ambigüidades, pois, de um lado, isso pode ratificar a idéia de “guerra” ao tráfico como forma de acabar com a “ditadura” que ele impõe; mas, de outro, como elas também falam da violência policial, sob este aspecto podem implicar um alerta contra a violência generalizada que sofrem os moradores de favela. Além disso, acho positivo que sejam postas em pé de igualdade a violência policial e a violência criminal, como me parece que foi o espírito geral das reportagens”.
Confira a entrevista na íntegra que escrevi (Fabiana Oliveira) para o site www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br. O link é http://www.observatoriodasmetropoles.ufrj.br/materia-008.htm.
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